Exercício: o melhor remédio para o coração


Fonte: PlayPress | 14/Out/2024

A ergometria e a reabilitação cardiovascular são componentes cruciais na prevenção e tratamento de doenças cardíacas. Por meio da avaliação do desempenho físico e da capacidade funcional dos pacientes, essa prática permite aos cardiologistas identificar condições que podem não ser evidentes em exames tradicionais.

O tema foi abordado no Simpósio DERC/SBC, realizado na manhã de sábado (12/10) durante o Congresso SOCERGS 2024. Na sessão, moderada por Jorge Ilha Guimarães, o palestrante Leandro Franzoni discutiu a reabilitação cardíaca em pacientes transplantados, destacando os desafios e os benefícios do exercício supervisionado na recuperação desses indivíduos. A reabilitação cardíaca é essencial para melhorar a qualidade de vida e a capacidade funcional desses pacientes, minimizando o risco de complicações.

Em seguida, Pablo Marino apresentou uma análise sobre o Teste Cardiopulmonar de Exercício, discutindo seu papel atual e as tendências futuras na cardiologia esportiva e clínica. O teste é fundamental para avaliar a capacidade aeróbica e a resposta cardiovascular ao esforço, sendo uma ferramenta valiosa para personalizar intervenções terapêuticas.

O impacto do exercício físico nas dislipidemias foi tema central da palestra de Salvador Sebastião Ramos, que destacou os benefícios do treino resistido para mulheres pós-menopáusicas. É importante ressaltar que o exercício regular não só melhora o perfil lipídico, mas também contribui para a redução do risco cardiovascular em mulheres nessa faixa etária.

“Mulheres nessa fase da vida podem ter efeitos positivos no perfil lipídico ao incorporarem exercícios resistidos à rotina, o que ajuda no controle dos níveis de colesterol e na saúde cardiovascular”, afirmou Ramos, reforçando a importância da atividade física para essa população.

Para encerrar, Gabriel Blacher Grossman apresentou a avaliação da microcirculação, focando nos avanços tecnológicos que possibilitam um monitoramento mais detalhado da saúde vascular dos pacientes cardiopatas. O reconhecimento da disfunção microcirculatória é crucial, pois ela pode estar relacionada a diversas condições, incluindo a cardiopatia isquêmica.

“Aproximadamente 90% da perfusão do miocárdio depende da microcirculação. Além da doença aterosclerótica obstrutiva e da doença vasoespástica, estamos reconhecendo cada vez mais a disfunção da microcirculação como um ator importante na origem dessa síndrome”, afirmou Grossman, sublinhando a necessidade de abordagens integradas no manejo dos pacientes.

Serviço

Congresso SOCERGS 2024

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